terça-feira, 17 de março de 2009

Acordei cedo ou não dormi?


Para quem não conhece este era o mago do Freakadelic, balada em São Paulo. Altamente psicodélico!

Dicas:
- O capacete do velho também é o cinturão de ouro de um ET com pernas de cabra e uma arma na mão.
- Tem uma suruba acontecendo à esquerda com uma cara, uma espécie de sereia e mais outros elementos. Englobando toda a cena se percebe a silhueta de uma mulher, encarando um animal do mesmo tamanho que ela.
- Percebe-se uns seis personagens à direita do velho e aproximadamente oito à esquerda.
- Logo acima do capacete pode-se ver duas máscaras, daquelas de teatro.
- Um dia eu vi Jesus morto na manjedoura na região do capacete, mas isso apenas poucos conseguirão ver.

domingo, 20 de abril de 2008

Gestão Participativa

É importante ter alguém para sonhar e alguém para pôr esta pessoa de volta ao chão. Juntos, consegue-se ir muito mais longe, pois se está trabalhando dentro de um equilíbrio, longe dos extremos. Por isso, vou me resumir a sonhar, e caso gostem da idéia, vocês podem incluir as possíveis implicações e falhas em comentários (ou em alguma conversa, pessoalmente).

Estas idéias vieram, de um lado, do brilhante encaminhamento das aulas que tive pelo SEBRAE, no curso chamado Aprender a Empreender, em que a palestrante delegou a função de transmitir o conhecimento a cada um de nós, e utilizando de algumas técnicas para fazer com que cada um de nós conhecesse o maior número de pessoas, como a separação de grupos pelo 1, 2, 3 (da primeira à última da classe foram dados número em ordem crescente. Assim, quem estava perto um do outro, querendo fazer parte do mesmo grupo, foi separado, aleatoriamente) e mudando os grupos a cada dia, além da forma como entregamos os certificados a outra pessoa (ao invés de apenas recebermos os certificados, recebemos o certificado de outra pessoa e tivemos que entregá-lo a essa pessoa, criando laços de amizade).

De outro, de um descontentamento com a realidade que vejo nas escolas, desde pequenos até a faculdade, e nos ambientes corporativos.

A realidade que conhecia, até esta segunda-feira, era a de que uns mandavam/ensinavam e outros obedeciam/”aprendiam”. Nas escolas existe um Professor, que dá aula em pé, falando sozinho, sem parar, enquanto seus alunos, sentados (noção de inferioridade em relação a quem está em pé), ouvem calados, assimilando aquelas informações no estilo decorar já que haverá uma prova e eles terão que dizer exatamente o que lhes foi passado, sem muito espaço para críticas ou idéias novas. As instituições que utilizam diariamente da tecnologia atual em suas salas de aula são de número incipiente e a grande maioria ainda dá aulas exatamente da mesma forma como se dão aulas há mais de 2000 anos (com uma lousa).

Sem contar que a maioria dos textos-base dos assuntos que “aprendemos” foram escritos pela classe dominante, nos Sécs. XVII e XVIII, na Europa (e este detalhe, e suas implicações, não são explicados às crianças, que relacionam o que está sendo lido com sua própria realidade, sem fazer as devidas proporções).
Poucos são os que conhecem e entendem as conseqüências do jogo de poderes entre o governo, as grandes corporações e a mídia. As informações que nos são passadas nos jornais e, posteriormente nos livros de história, passam por um filtro, sobrando apenas as informações que manterão o status quo dos que já estão no poder.
Sendo assim, estudar assuntos profissionais (como Jornalismo, Administração, Marketing, Turismo, Comércio Exterior, Direito, etc.) apenas de forma teórica, sem criar as condições para que pessoas com maior experiência profissional possam explicar realidades do seu setor aos que ainda não conhecessem o assunto na prática, além de viabilizar a troca de informações entre setores diferentes e a criação de uma rede de contatos profissional, é criar profissionais já desatualizados e sem grandes condições de ter sucesso em seus negócios.

Nas empresas, na busca de produtividade, os cargos gerenciais são instruídos a limitar conversas e momentos ociosos entre os funcionários, todos são muito bem instruídos a respeitar a hierarquia interna, e ninguém nunca tem a coragem de expor suas idéias em relação aos problemas da empresa e às possíveis formas de resolvê-los.
Seus cargos, limitados a uma dezena de funções, sempre iguais, logo entediam à maioria. A falta de possibilidades de se crescer na empresa também não é lá muito motivadora. Metas impossíveis, de 44 ligações por dia, um milhão de dólares de revenue por mês, etc., além da sensação de que a empresa não se importa com sua saúde emocional e que você é totalmente substituível, completam a rotina de trabalho doente a que muitos estão se sujeitando.

A impressão que dá é que isto é assim apenas porque sempre foi assim. Acredito que nossos pais nos falam muitas coisas certas, mesmo perfeitas para alguns casos, mas de tudo o que as gerações passadas passam para as mais novas, em relação a hábitos e maneiras de se ver ou fazer as coisas, algumas delas devem ser modificadas por não condizerem mais com a realidade atual (processos de globalização, informatização, automatização, ênfase nos serviços, etc.).
Por isso falamos tanto no curso sobre a mudança ser tão importante; mudança de comportamento, de modo de produção, etc.

Todos estes problemas podem ser resolvidos utilizando-se da metodologia aplicada pelo SEBRAE neste curso que fizemos. Não sei se foi assim com todos que ali estavam, mas fiquei impressionado em ver como uma turma de pessoas, que ainda não se conheciam, de setores e níveis de experiência profissional/acadêmica muito diversos, puderam gerar tanta empatia e sinergia já no primeiro dia.
Se este curso fosse de uma semana, um mês, ou mesmo periódico (a cada 3 meses, por exemplo), veríamos o resultado de entrosamento e amizade destes 3 dias multiplicado em muitas vezes.

A essência deste método é de que ninguém é o dono da verdade e que todos contribuem para se criar um consenso em relação a determinado assunto. A atmosfera leve, de se aprender enquanto se diverte com amigos, fez 24 horas de estudo parecer passar rápido demais, ou pelo menos, mais rápido do que gostaríamos.
Uma coisa é certa, passou muito mais rápido do que 24 horas numa rotina de estudos ou trabalho como as que eu descrevi mais acima.

Além de bons relacionamentos, fomos muito beneficiados com as informações práticas que profissionais de diversos setores, e pessoas com maior experiência que nós em determinados assuntos nos passaram.
Vários foram os que perceberam possíveis parcerias profissionais com outros da classe, e acho que todos saíram do curso com a sensação de terem se auto-desenvolvido, de alguma forma.

Já imaginaram criar esta atmosfera positiva de bons relacionamentos dentro de sua própria empresa? Dentro da sua faculdade, da sua casa?

A partir destas constatações, eu achei a minha motivação para ser um empreendedor e abrir minha empresa. Quero proporcionar todos estes benefícios a meus colaboradores e clientes, estimular isto entre meus fornecedores e até vender este serviço a outras empresas, atuando como palestrante.
O objetivo deste trabalho como palestrante seria o de criar as condições de troca de informações e de desenvolvimento humano, dentro das organizações (os famosos jogos empresariais), divulgando esta nova forma de encarar as decisões a serem tomadas e de resolver os problemas dentro de um grupo.

Este tipo de gestão já existe, e é chamada de gestão participativa.
O importante é que esta idéia seja divulgada o máximo possível e aplicada no maior número de empresas, casas, grupos, para que um dia possamos ter este método de ensino ou gerencial aplicado em todas as instituições de ensino e corporativas, de forma oficial.

Nas escolas e faculdades, os alunos teriam contato direto com pessoas experientes, falando da prática de suas profissões, das coisas boas e ruins, sem tabus.
Nas empresas, o tempo perdido de produtividade para a realização destes debates e jogos empresariais, seria compensado com o comprometimento e alegria em fazer parte de uma comunidade que se importa com suas necessidades.
Nas famílias, criaria vínculos e interesses em comum, aumentando o nível de contato entre pais, filhos, tios, primos e avós.

A idéia é tão boa, que poderiam ser conseguidos grandes financiamentos por parte do governo e de grandes empresas, interessados no desenvolvimento sustentável, modificando a maneira de se pensar as relações inter-pessoais desde o casal de namorados até na forma como a máquina pública governa o país inteiro.

É claro que nem tudo é um mundo cor-de-rosa, já que dentro das empresas existe dinheiro envolvido, o que gera competição, ganância, dentre outros problemas. Mas a parte de analisar os riscos, imprevistos, e as possibilidades de erro desta idéia, eu passo para vocês (caso haja interesse).